“A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a Natureza e descobre que ela também tem uma Alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que procura compreender o Universo, e fazer com que os outros o compreendam.” 

                                                                                      (Auguste Rodin)

Instrumentos Afinados Transformam o Eco no Universo

universo acordes Instrumentos Afinados Transformam o Eco no Universo
Instrumentos afinados transformam o eco no universo onde criamos aceitação pela repercussão do som em nossa vida, pense em quem você escolhe para ficar perto: alguém que grita, que esbraveja, que seja duro e cruel, ou, prefere alguém que te aceita, que ouça suas ideias, que participe do seu desenvolvimento, construindo e fortalecendo as relações no propósito que nutre o avanço e bem estar.
Somos tal qual um instrumento a ser afinados na vida e quando nos permitimos, ressoamos acordes em nosso ser emitindo a todos que nos tocam, encantando, louvando a vida, louvando o som agradável com sentimentos de beleza nessa troca ofertada, onde presenteamos as pessoas, as coisas em nosso caminho, possibilitando a sintonia que contribui para que a ordem e o progresso se estabeleçam em nosso mundo.
Estar afinados em nós é aceitar nossa vida, nossa real-idade, nosso real momento, encarando cada situação como lição apresentada e precisa para o nosso desenvolvimento, não adiando ou pulando as etapas indispensáveis em nosso processo.
Encarar o mau que se apresenta como forma necessária para distinguir diante do conhecimento que nos permite desenvolver a inteligência, nos apresentando as diferenças apenas para que possamos observar e refletir e não para temermos o mau ou tê-lo como opção de escolha, e sim para desenvolvermos a capacidade de avaliar as coisas com bom senso e clareza, apontando para as opções que se apresentam em nosso caminho.
Quando nos tornamos receptivos à experiência, podemos entender e transformar as dificuldades, utilizando da prática que nos leva a adquirir habilidades percebendo por meio dos sentidos a verdadeira sensação do bem, cientes que este se faz para ser compartilhado com todos que estejam a nossa volta.
E se isso não ocorre, impedindo-nos de compartilhar, apontando para o vazio onde já deixou de ser bom, uma vez que o bem se faz na participação, ofertando sempre ao maior número de pessoas, ou então, é apenas uma conquista aparente do ego que geralmente torna-se prejudicial para o nosso desenvolvimento em relação ao todo e consequentemente, nos leva a temer a perda e então criamos o apego.
instrumento musical Instrumentos Afinados Transformam o Eco no UniversoQuanto mais vivemos, mais podemos permitir esta interação com a nossa Alma, que nos conduz sempre ao caminho da realização que desenvolve nossa disposição de espírito na troca do nosso melhor e com isso deixamos ecoar o som claro e harmonioso manifestando os milagres da vida que engrandecem nosso universo de luz e magia a favor do bem planetário a partir de nós.
Ao nos envolver com esta energia do bem, diminuímos as distâncias e encurtamos os caminhos da dificuldade, permitindo que a ordem do Universo nos afine tal qual um instrumento subtraindo nossas dúvidas, nossas inquietações morais, nossa relutância, nossa repugnância que gera antipatia e a inquietação espiritual.
Um instrumento afinado nas mãos do bom músico encanta o mundo, faz milagres acontecer e eleva o bem que toca os mais diversos pontos de cura, trazendo conhecimento, gerando sabedoria, cooperando com as fontes amorosas dentro de nosso ser, emanando por todo nosso planeta.
Permita-se ser um instrumento em afinação diária com nosso Criador, com a fonte da vida que flui diariamente em cada um de nós, fluindo em tudo o que tem vida, na essência que existe neste movimento onde todos nós estamos mergulhados e que nos torna um com nosso universo nos fazendo feliz.
Agora deixe aqui seu comentário concedendo o fluxo das suas palavras através deste conjunto de ações e relações que podemos participar, através deste universo da comunicação contribuindo para nossa afinação.
Texto escrito por Vera Luz

Dica de filme

Apesar de longo, gostei bastante, Filmaço, mas não é para um público acostumado apenas com cinema-pipoca. Para quem for assistir, aconselho levar o cérebro junto.
O filme parte do princípio da existência do carma e da reencarnação para contar uma história sobre como os atos individuais conduzem o destino do mundo e até do universo. Mas o que mais chamou a minha atenção é o olhar que a película lança sobre a natureza do mal mostrando-o em suas várias formas: o assassino, o falso amigo, a vaidade, o sadismo, a barbárie, o totalitarismo - o mal como inimigo eterno da liberdade e do amor. Faz pensar no sentido da existência e no destino da humanidade; coisa rara na Hollywood adolescente de hoje. 
Provoca reflexões profundas acerca de nossa responsabilidade com a vida, e não se trata de uma questão de crença, mas de valores, que transcende qualquer questão religiosa. Espero que as pessoas consigam abstrair a grandiosa mensagem deste filme, pois infelizmente a humanidade vem sendo estimulada no sentido de permanecer nadando num mar raso e largo, qualquer coisa que demande mais de dois neurônios é considerada chata. Recomendo.


“As possibilidades perdidas”

Fiquei sabendo que um poeta mineiro que eu não conhecia, chamado Emilio Moura, teria completado 100 anos neste mês de agosto, caso vivo fosse. Era amigo de outro grande poeta, Drummond. Chegaram a mim alguns versos dele, e um em especial me chamou a atenção: “Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive”.
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.
Martha Medeiros Crônica “As Possibilidades Perdidas”, 2002.

A FILOSOFIA DO MESTRE YODA EM 8 FRASES: PENSAMENTOS SOBRE VIDA, RELACIONAMENTOS E SOCIEDADE

O que as ideias do Mestre Yoda têm a nos ensinar? "Muito", diriam os filósofos. É partindo dessa premissa que o artigo destaca 8 frases ditas por um dos personagens mais queridos do universo Star Wars e as analisa sob uma visão filosófica, comparando-as com os pensamentos de grandes filósofos, como Séneca, Sun Tzu, Platão e Nietzsche.

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Talvez ele seja um dos ícones mais famosos da cultura pop. Personagem carismático desde a década de 1980, Mestre Yoda (criado por George Lucas) apareceu em todos os filmes da franquia Star Wars, com exceção do primeiro filme da trilogia clássica, lançado 1977. Sua primeira aparição nas telonas foi no filmeStar Wars: O Império Contra-Ataca, de 1980.
Este pequeno Mestre Jedi, de apenas 75 centímetros de altura, liderou o Conselho Jedi durante anos. O nome de sua raça nunca foi relevado na trama de Star Wars. Mestre Yoda foi um dos membros mais importantes do alto Conselho Jedi, vindo a falecer aos 900 anos de idade.
Além de ser um exímio lutador, que combinava apurada habilidade de combate com o uso do sabre de luz (arma da Ordem dos Jedi e dos guerreiros Sith) com técnicas acrobáticas de luta, foi também um grande pensador no universo criado por George Lucas, criador de toda a saga Star Wars.
A seguir apresentaremos algumas falas do personagem que refletem sua filosofia de vida. São pensamentos interessantes que, com toda certeza, lhe farão refletir sobre sua vida, seus relacionamentos e sobre a sociedade em que vive.
(1) “May the Force be with you” (Que a Força esteja com você)
Frase emblemática que marcou o universo Star Wars. Essa “força” pode ser entendida muito mais como persistência e firmeza de caráter do que uma força física. Podemos constatar na própria trama da saga que a força de vontade foi aliada dos guerreiros Jedi em diversas situações de perigo.
Este ensinamento ultrapassa o contexto dos guerreiros Jedi. Essa força pode ser encontrada dentro de cada um de nós à medida que conhecemos a nós mesmos. O aforismo grego “conhece-te a ti mesmo” (atribuído por Platão a Sócrates) pode ser invocado neste pensamento como uma ideia de motivar o interlocutor a realizar uma busca pessoal e interior.
sun-tzu-3.jpg Sun Tzu foi um general, estrategista e filósofo chinês, mais conhecido por sua obra “A Arte da Guerra”, composta por 13 capítulos que tratam sobre estratégia militar
De fato, quando conhecemos a nós mesmos, nossos limites e potencialidades, somos capazes de feitos extraordinários. No livro A Arte da Guerra, um verdadeiro tratado de estratégia militar escrito durante o século IV a.C. por Sun Tzu, encontramos a seguinte lição:
“Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo lutará cem batalhas sem perigo de derrota. Para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais. Aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas”.
(2) “Always pass on what you have learned” (Sempre passar o que você aprendeu)
A ideia de formar discípulos e compartilhar o conhecimento foi muito difundida por filósofos como Platão e Aristóteles, que criaram escolas com o intuito de propagar seus ensinamentos.
Academia Platônica foi fundada por volta de 384 em Estagira, no subúrbio de Atenas, tendo se originado, provavelmente, quando Platão herdou a propriedade aos trinta anos de idade. Já a escola de Aristóteles, a Escola Peripatética, fundada em 336 a.C no Liceu em Atenas, também na Grécia Antiga, foi um círculo filosófico que seguia os ensinamentos de seu fundador.
Peripatético significa itinerante (ou ambulante) e os peripatéticos (aqueles que passeiam) eram os discípulos de Aristóteles que caminhavam durante os ensinamentos de seu mestre, que tinha o hábito de ensinar ao ar livre. O filósofo passeava enquanto lia sob os portais do Liceu, conhecido como perípatoi.
Essa preocupação em propagar o saber foi o responsável por conhecermos os pensamentos dos filósofos do passado e representou um marco divisório da cultura humana, pois desde as pinturas rupestres da pré-História até as modernas formas de processamento de dados, percebe-se a ideia de disseminar o conhecimento adquirido por meio de experiências ou de novas maneiras de pensar e enxergar o mundo ao nosso redor.
(3) “In a dark place we find ourselves and a little more knowledge lights our way” (Em um lugar escuro nos encontramos e um pouco mais de conhecimento ilumina nosso caminho)
Mesmo “vivendo” em um universo distante do nosso, fica evidente a influência da filosofia platônica nos ensinamentos do Mestre Yoda. O Mito da Caverna, de Platão, é uma das passagens mais famosas da história da Filosofia. Faz parte do Livro VI de A República. Nesta obra, o filósofo discute temas como teoria do conhecimento, linguagem e educação na constituição do Estado ideal.
Com uma narrativa alegórica e, ao mesmo tempo, dramática, Platão conta-nos a história de prisioneiros que, desde o nascimento, encontram-se acorrentados no interior de uma caverna. A caverna possui uma pequena entrada, por onde passa pouca luz, vinda de uma fogueira. Esses prisioneiros olham somente para uma parede iluminada por essa fogueira. Do outro lado da caverna se encontram pessoas que manipulam estatuetas de homens, plantas e animais.
Como os prisioneiros não tem a mesma percepção de quem está do outro lado da caverna, imaginam que as sombras projetadas na parede são, de fato, as coisas em si. Assim, as sombras dos animais, para os prisioneiros, são os animais. Com o tempo, os prisioneiros passam a dar nomes a essa projeções pensando se tratar da realidade.
mitodacaverna2.jpg Imagem concebida a partir do texto “O Mito da Caverna”, de Platão. Será que hoje não vivemos também em nossas cavernas, vendo apenas uma realidade que nos é imposta ou é mascarada pela mídia?
O texto do Mito da Caverna é um diálogo entre Sócrates e Glauco:
“Agora imagine a nossa natureza, segundo o grau de educação que ela recebeu ou não, de acordo com o quadro que vou fazer. Imagine, pois, homens que vivem em uma morada subterrânea em forma de caverna. A entrada se abre para a luz em toda a largura da fachada. Os homens estão no interior desde a infância, acorrentados pelas pernas e pelo pescoço, de modo que não podem mudar de lugar nem voltar a cabeça para ver algo que não esteja diante deles. A luz lhes vem de um fogo que queima por trás deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o fogo, há um caminho que sobe. Imagine que esse caminho é cortado por um pequeno muro, semelhante ao tapume que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima do qual manobram as marionetes e apresentam o espetáculo”.
No decorrer da narrativa, um dos prisioneiros consegue se libertar das correntes e contempla o mundo exterior, mas ao voltar ao interior da caverna e relatar suas experiências e seu novo modo de perceber as coisas é contrariado por seus companheiros, que, provavelmente, o mataram por ir de encontro às ideias já estabelecidas pelos habitantes da caverna.
Como conclusão, o personagem Sócrates diz:
“E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à subida e à contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até o lugar inteligível, e não te enganarás sobre minha esperança, já que desejas conhecê-la”.
(4) “Powerful you have become, the dark side I sense in you” (Poderoso você se tornou, o lado escuro sinto em você)
Para o mestre Yoda, o poder nos leva para “o lado escuro”, nos corrompendo. Mas esta não é uma ideia nova. Para o historiador inglês John Emerich Edward Dalberg-Acton (1834-1902), primeiro barão Acton de Aldenham, ativo militante da causa da liberdade, “o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente, de modo que os grandes homens são quase sempre homens maus”.
john-emerich-edward-dalberg-acton-primeiro-barc3a3o-acton-de-aldenham.jpg John Emerich Edward Dalberg-Acton (1834-1902), importante historiador inglês e ativo militante da causa da liberdade
A frase atribuída a Abraham Lincoln, “se quiser pôr a prova o caráter de um homem, dê-lhe poder”, também se aplica neste contexto. Parece que os ideais de liberdade e igualdade só são atingidos por meio de lutas e revoluções. Quando a totalidade do poder se concentra na mão de apenas um governante soberano, todo o povo padece.
ulysses-guimarc3a3es-polc3adtico-e-advogado-brasileiro-e-opositor-c3a0-ditadura-militar.jpg Ulysses Guimarães (1916 – 1992), político e advogado brasileiro e opositor à ditadura militar
Já segundo Ulysses Guimarães (1916 – 1992), “o poder não corrompe o homem; é o homem que corrompe o poder. O homem é o grande poluidor, da natureza, do próprio homem, do poder. Se o poder fosse corruptor, seria maldito e proscrito, o que acarretaria a anarquia”.
O que se nota é que, no decorrer da história da humanidade, o pensamento ético é inclinado de acordo com a vontade do governante ou do grupo de pessoas que governam. Nesse sentido, a ética é variável de acordo com o poder vigente na sociedade.
(5) “Many of the truths that we cling to depend on our point of view” (Muitas das verdades que temos dependem de nosso ponto de vista)
kant.jpg Immanuel Kant (1724 – 1804), filósofo prussiano, considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna
Para o filósofo Immanuel Kant (1724 – 1804), a realidade não é aquilo que realmente é, mas ela é como nós a enxergamos, como se usássemos lentes que alteram a realidade de acordo com nossas percepções.
No entanto, como conceito relativista, a verdade é sempre a verdade sob um ponto de vista. Segundo o pensamento do Mestre Yoda, nossas verdades dependem de como nós a vemos.
O problema dessa concepção relativista, que encara a realidade como algo não absoluto, é que (em uma visão extremista desta premissa) nunca saberemos qual é, de fato, a verdadeira realidade. Nesse sentido a realidade está vulnerável à interpretação de cada indivíduo.
(6) “Fear is the path to the dark side. Fear leads to anger, anger leads to hate, hate leads to suffering” (O medo é o caminho para o lado negro. O medo leva a raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento)
Para o filósofo Séneca (4 a.C. – 65), “uma ira desmedida acaba em loucura; por isso, evita a ira, para conservares não apenas o domínio de ti mesmo, mas também a tua própria saúde”.
seneca.jpg Lúcio Aneu Séneca (4 a.C. – 65)
A filosofia de Séneca nos ensina a ter moderação e aceitar que não temos o controle de tudo que acontece e que aceitar este fato e tentar mudar as coisas que podemos mudar é essencial para termos tranquilidade. Quanto mais cedo entendermos isso, mais cedo alcançaremos a ataraxia (tranquilidade da alma), segundo Séneca.
Ainda segundo o filósofo “a maldade bebe a maior parte do veneno que produz”.
(7) “Size matters not. Look at me. Judge me by my size, do you?”(Tamanho importa não. Olhe para mim. Você julga a mim pelo tamanho?) Novamente vemos aqui a influência do Mito da Caverna, de Platão, pois quando julgamos pela aparência, julgamos mal por não levarmos em consideração a realidade das coisas.
nietzsche-friedrich-portrait-1860.gif Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 – 1900), filósofo, crítico cultural, poeta e compositor alemão
Para Nietzsche (1844 – 1900), a realidade é a aparência e a essência é uma mentira, espécie de ilusão criada pelos homens, uma vez que é difícil encarar a constante multiplicidade e efemeridade do que é real.
Ainda que a fragilidade e a constante mudança da realidade nos atinja, o ensinamento do Mestre Yoda nos diz que devemos lançar mão de acreditar no que nossos olhos enxergam e procurarmos enxergar a essência das pessoas.
(8) “Wars not make one great”(Guerras não faz grande ninguém)
Na obra A Arte da Guerra, Sun Tzu declara que “o verdadeiro objetivo da guerra é a paz”. Ainda segundo o estrategista militar, “os guerreiros vitoriosos vencem antes de ir à guerra, ao passo que os derrotados vão à guerra e só então procuram a vitória”. Nesse sentido, o embate físico deve ser a última fase de uma guerra e não o primeiro.
paz.jpg Para Sun Tzu (autor de “A Arte da Guerra”), “o verdadeiro objetivo da guerra é a paz”
Assim, através dessas oito frases concluímos singelamente nossa análise do pensamento filosófico do Mestra Yoda, um dos personagens mais queridos do universo Star Wars. Escolhemos apenas oito frases para deixar o texto mais objetivo, porém, obviamente, diversos outros pensamentos possuem igual utilidade e podem ser adicionados a estes que relacionamos.
Para os fãs da série, essa foi nossa modesta homenagem a este incrível personagem de George Lucas. Para aqueles que não conhecem a série, esta é uma boa oportunidade para pesquisar sobre o assunto.
Esperamos ter aguçado sua curiosidade sobre o tema e…

Por Renato Collyer

“Viver sem conhecer o passado é como viver no escuro”.

Avicii - Waiting For Love (Lyric Video)



Ver tradução em português:
 http://www.vagalume.com.br/martin-garrix/waiting-for-love-feat-avicii-john-legend-traducao.html
ACREDITO NA BELEZA...

Não, não estou falando de barriga tanquinho nem de seios turbinados. Também não estou falando de cabelos alisados e um look da moda. Estou falando da beleza que vejo quando olha para mim sem medo de ser quem você é.
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Acredito na beleza. Na beleza de uma frase inteligente. De um olhar curioso diante de um novo saber. De dizer sim apenas para ver o outro sorrir.
Acredito na beleza das artes. Da filosofia. Do encontro. De uma música triste num dia de chuva.
Acredito na beleza de uma criança descobrindo o mundo. De alguém descobrindo a si mesmo. De um amante descobrindo o seu mais secreto e sagrado nos braços do outro.
Acredito na beleza de uma comida devorada com prazer. De uma risada inoportuna. Da quebra de um protocolo para ajudar o outro.
Acredito na beleza quando rema contra a maré, contra as probabilidades, contra as possibilidades. Das confidências ao pé de ouvido. Na beleza dos olhares de compaixão. Na tepidez da sua voz quando me confessa o inconfessável.
Acredito na beleza de quando segura a minha mão só para mostrar que estou segura. Que vejo quando olha para mim sem medo de ser quem você é. De quando ousa acreditar mesmo sem motivos para isso.
Acredito na beleza dos ingênuos, dos utópicos, dos idealistas. Daqueles que não tem tudo sob controle nem encaixam a vida em uma planilha. De quem se admite desesperado e sozinho.
Acredito na beleza do gesto inusitado. Do amor despudorado. Da entrega incondicional. De quando corre pela rua como se o mundo fosse um parque de diversões.
Acredito na beleza quando decide recomeçar mesmo sem saber como. De quando se perde dentro de você mesmo. De quando reencontra-se no outro. De quando o imaterial é o nosso ouro.
Acredito na beleza da lucidez insana dos bêbados. Da poesia transcendental dos artistas. Da coragem patética dos apaixonados. Da sanidade dos loucos. Acredito na beleza do engano. Do improviso.
Acredito na beleza de tudo aquilo que fomos ensinados a não acreditar. Na beleza de todo amor que fomos ensinados a negar. Acredito mesmo que não compartilhe da minha crença, da minha ilusão. Acredito como respiro e sorrio. Como te olho e vejo a mim mesma.

PUBLICADO EM RECORTES POR SÍLVIA MARQUES



Terra entra em nova fase de extinção


Terra entra em nova fase de extinçãoA Terra entrou num novo período de extinção, concluiu um estudo feito por três universidades dos EUA, e os humanos poderão estar entre as primeiras vítimas.
O relatório, liderado pelas universidades de Stanford, Princeton e Berkeley, informou que os vertebrados estavam desaparecendo à uma taxa 114 vezes maior do que o normal.  Isto condiz com um relatório publicado pela Universidade Duke, no ano passado.
Um dos autores do novo estudo disse: “Estamos agora entrando na sexto evento de grande extinção em massa.
O último evento similar a este ocorreu há 65 milhões de anos, quando os dinossauros foram aniquilados, provavelmente devido ao impacto de um grande meteoro com a Terra.
Se isto for permitido de ocorrer, a vida demoraria muitos milhões de anos para se recuperar e nossa espécie provavelmente desapareceria bem cedo“, disse o autor chefe, Gerardo Ceballos.

Polinização por abelhas poderá desaparecer dentro de três gerações.
Os cientistas examinaram as taxas históricas de extinção para vertebrados (animais com ossos), através de uma avaliação dos registros de fósseis.  Eles descobriram que a taxa de extinção atual era maior do que 100 vezes comparada com os períodos quando a Terra não estava passando por um evento de extinção em massa.
O relatório diz que, desde o ano de 1900, mais de 400 vertebrados desapareceram.  Tal perda normalmente ocorreria por sobre um período de 10.000 anos, dizem os cientistas.
O estudo – publicado no periódico Science Advances – cita causas, tais como a mudança climática, a poluição e o desflorestamento.
Considerando-se o efeito nos ecossistemas que estão sendo destruídos, o relatório diz que os benefícios, tais como a polinização pelas abelhas, poderiam desaparecer dentro de três gerações humanas.
Paul Ehrlich, professor da Universidade Stanford, disse: “Há exemplos de espécies por todo o mundo que são essencialmente zumbis.  Estamos cortando o galho no qual estamos sentados“.
A União Internacional para Conservação da Natureza (sigla em inglês IUCN) diz que pelo menos 50 animais ficam mais perto da extinção a cada ano.  Por volta de 41% de todos os anfíbios e 25% dos mamíferos estão ameaçados de extinção, diz a instituição.

Em risco maior: Lêmures

De acordo com a IUCN, o lêmure estará lutando para evitar sua extinção na selva durante os anos que virão.
O grupo diz que 94% de todos os lêmures estão ameaçados, com mais de um quinto de todas as espécies classificadas como “ameaçadas criticamente”.
Os lêmures estão vendo seus habitats em Madagascar sendo destruído pelo corte ilegal de árvores, como também são regularmente caçados por sua carne, diz a IUCN.
No ano passado, um relatório por Stuart Pimm, um biólogo e perito em extinção da Universidade de Duke na Carolina do Norte, também alertou que a humanidade estava entrando num sexto evento de extinção em massa.  Mas o relatório de Pimm declarou que a atual taxa de extinção era mais do que 1.000 vezes mais rápida do que no passado, e não 114 vezes como o novo relatório alega.
Os autores do novo relatório disseram que ainda é possível evitar uma “decadência dramática da biodiversidade“, através de uma conservação intensa, mas que uma ação rápida seria necessária.
Não esperem que os ETs venham nos salvar.  Esta responsabilidade é toda nossa!
Fontewww.bbc.com
Colaboração: Henrique C.O, Antônio Muniz Gomez

Pensamento do dia...

Na verdade é o meu pensamento semanal, mensal, anual, permanente...(risos)


Eu vou te jogar num pano de guardar confetes e o amor chuva de verão

Falar de amor não é coisa fácil, mesmo assim todos querem falar sobre o assunto. Todo escritor, em algum momento da vida, deparou-se com o desejo de expressar através das palavras sobre esse sentimento tão múltiplo e incerto. Todos querem inspiração para falar de amor, seja ele correspondido, não correspondido, virtual, casual, enfim; neste caso falaremos dos amores de carnaval, do amor fugaz, conhecido como "Chuva de Verão".



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Para isso usaremos como base o verso "Eu vou te jogar num pano de guardar confetes", da música Chão de Giz, de Zé Ramalho. O verso é claro e quer dizer: Eu vou te esquecer para sempre, guardar suas lembranças, tirá-las de mim. Assim como o carnaval, a chuva de verão é passageira, é limitada, ocorre geralmente numa única estação e depois... vai embora.
Assim é o amor "Chuva de Verão", termo metafórico que define o amor de carnaval como algo momentâneo, leve, efêmero, bem como a chuva de verão. Bom seria se todos os amores resistissem ao carnaval e não entrassem no tempo de seca, como o período pós-chuvas, quando chega o outono, tempo gris.
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Ah, é neste momento em que as lembranças são guardadas, até mesmo esquecidas. Na música do Zé, o tal pano de guardar retalhos nada mais é do que aqueles balaios de costureiras em que são colocados os retalhos de tecidos, que não serão usados mais. Assim é o amor de carnaval, quando a festa acaba, para quê continuar com a fantasia? É preciso tirar a máscara e voltar para a realidade. Bom seria se o amor permanece-se junto, mas e se... e se a realidade não permitir? Fica esquecido junto com o carnaval.
"Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval", já passou o momento, perdeu-se o encanto, foi-se o sexo, que também é considerado algo popular, assim como o carnaval. Rita Lee também diz que o sexo é imaginação, fantasia. Sexo é invasão: "Ó abre alas, deixa ele passar", é carnaval. E ainda completa dizendo: Sexo vem dos outros, e vai embora, amor vem de nós... e demora.
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E vai embora... "No mais, estou indo embora": não adianta ficar, a fuga é o melhor caminho, é solução. Deixe guardado, deixe o amor ficar com a chuva de verão, guardado entre panos.
PUBLICADO EM MUSICA POR 
O FENÔMENO ARTISTA
                                                                                                                 

A imagem do artista é praticamente indissociável da ideia do talento e do dom, bem como da idealização do gênio louco, do excêntrico. Esta associação, contudo, ajuda a esconder uma realidade muito mais profunda, na qual a arte é um ofício que requer treinamento e disciplina tanto quanto outro qualquer. Quebrar esta mística pode ser desanimador para quem gosta de fábulas fantásticas, mas nos aproxima do entendimento do fenômeno.

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Se alguém me pedisse para responder sinceramente o que é arte sem recorrer a explicações teóricas, mas que falasse sem máscaras e de maneira espontânea, eu diria que a obra de arte é a ligação entre os sonhos das pessoas e a realidade. Sonho em um sentido mais amplo, não apenas os sonhos de quando dormirmos. O sonho conecta o concreto com os nossos diversos imaginários. Entretanto, nem todos conseguem representar artisticamente seus sonhos.
No livro Mozart, Sociologia de um Gênio, o sociólogo Norbert Elias faz questão de demonstrar como se forma uma persona artística provando que não há mágica alguma, há sim uma série de fatores sociais que se conjugam e dotam certos indivíduos da habilidade necessária para expressar-se artisticamente. Elias crê que o artista desenvolve a capacidade de sonhar na forma de sua arte. Ou seja, ele é capaz de representar na realidade de maneira sublime aquilo que vê e sente. Mozart, no caso, sonhava em notas musicais.
No senso comum, entretanto, a figura do artista é cercada de narrativas fantásticas. Chaves como dom e talento são utilizadas para explicar a capacidade de uma pessoa em sublimar a realidade a partir da arte. No imaginário popular o artista deve ser excêntrico, cheio de distúrbios psicológicos, problemas com substâncias e misterioso. Evidente que estes tipos existiram, o que ajudou a corroborar e a reproduzir a aura do gênio louco - que não é exclusividade da arte.
Mozart, por ter sido precoce, foi um dos que ajudou a consolidar o mito do dom. Aos cinco anos excursionava pela Europa fazendo apresentações nas cortes, demonstrando sua habilidade e fazendo truques para impressionar a plateia. O que muitas vezes essa história esconde é a rigidez com que seu pai, Leopold, conduzia os treinos do seu filho. Mozart nasceu em um ambiente musical. Seu pai foi músico e impunha ao garoto uma rígida rotina de ensaios desde os seus primeiros passos. O pequeno Mozart teve, desde de o início, a prática musical entranhada. Como todas as habilidades corpo-cognitivas que desenvolvemos, a música possui uma prática corporal própria, que envolve uma série de habilidades corporais específicas, as quais os músicos devem dominar completamente para serem exitosos. Foi num dos momentos mais importantes do desenvolvimento corporal que Mozart começou a treinar tais habilidades, o que fez com que, enquanto crescia, seu corpo já fosse assimilando movimentos específicos, tornando sua execução uma extensão natural da sua corporalidade. Um paralelo interessante que podemos usar pra entender isso é o do futebol. Por que o Brasil é historicamente o país com o maior número de grandes jogadores (apesar da crise atual)? Entre uma infinidade de fatores, está a precocidade com que nós somos iniciados no jogo de bola. Crianças pequenas já chutam bola antes de sequer falar. A probabilidade de uma pessoa que desde a infância aprende a usar seu corpo com aquele fim específico de despontar e desenvolver uma técnica acima da média é muito maior; daí a a produção seriada de jogadores no nosso país. Qual a diferença entre Mozart e Pelé? A área que cada um se disciplinou e dedicou para se aprimorar.
Mesmo em meios artísticos nos quais temos a impressão que a disciplina é menor, a realidade pode ser completamente diferente. Há relatos que dizem que gravar com Jimi Hendrix era extenuante, pois ele era um grande perfeccionista, gravava a mesma música dezenas de vezes (e esse é um cara que morreu de overdose de drogas). Stanley Kubrick deixava seus atores loucos por rodar a mesma cena diversas vezes até que estivesse de acordo com seus parâmetros. Dito isto, assim como qualquer outro ofício, estar em um patamar de reconhecimento na arte envolve uma série de fatores, dentre eles, o treinamento e a dedicação à prática. Isto significa que o artista não é fruto do destino ou do seu talento isolado. A capacidade de criar o sublime deve ser desenvolvida durante a vida e, aliada a condições sociais e políticas propícias, pode produzir artistas reconhecidos. 2222_jimi_hendrix_min.jpg A narrativa que se forma sobre a arte ajuda a fortalecer o mito do artista. Tanto os iniciados nos círculos quanto os leigos, consumidores ou não, possuem uma impressão mistificante do fenômeno. É como se a arte estivesse descolada das demais esferas da vida social e se autorreproduzisse independentemente da ação da sociedade e dos indivíduos. O artista seria quase um intermediário entre esta força encantadora e a nossa realidade (por isto muitas vezes o artista e obra são, inclusive, separados, com a importância pendendo para o lado da segunda). Nada muito diferente dos mitos religiosos. Entretanto, tanto a dimensão religiosa quanto a artísticas podem e são explicadas por diversas ciências humanas e são compreensíveis a partir do momento em que passamos a considerá-las frutos da ação humana coletiva que os constrói e modifica e que o discurso e a percepção destas realidades são derivados destas mesmas ações. Apesar de colocar desta maneira, não é fácil retirarmos a aura desta entidade, já que ela nos toca diretamente nos sentimentos e podem criar rupturas tão grandes dentro de nós mesmos que destitui-la da sua transcendência é praticamente herético.
Desmistificar a arte é desmistificar o artista. Se a arte não é inacessível à compreensão, o artista não precisa ser aquele ser predestinado a fazer com que o sagrado encontre o profano, iluminando-o. Nos apegamos a esta ideia por que não queremos admitir que não há nada de especial no mundo, que não existem pessoas que conseguem romper a barreira da normalidade sendo algo maior que elas mesmas e nós. Sentimos uma necessidade extrema de admirar terceiros, bem como de projetar nossas expectativas de realidade nestas figuras. Mas a verdade é que para cada Keith Moon há dezenas de Charlie
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