Batida do violão direciona novo CD de Adriana Calcanhotto

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MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO
O violão é princípio, meio e fim de todo o trabalho.
Em "O Micróbio do Samba", oitavo álbum de Adriana Calcanhotto --contando aí o ao vivo "Público" (2000), também centrado no instrumento--, a violonista Adriana Calcanhotto é tão ou mais importante para o resultado artístico do que a cantora, do que a compositora.
Melhor: as três se misturam e se confundem.
Da batida do violão de Adriana nasceram as canções no quarto, os arranjos no estúdio e a impossibilidade dos shows no palco (por uma lesão na mão direita, ela está impedida de tocar e, por isso, cancelou toda a turnê).
Também vem dessa batida --e do título, roubado de frase do compositor Lupicínio Rodrigues (1914-1974)-- a ideia primeira de estarmos diante de um álbum de samba, simplesmente. Mas o negócio é mais complexo.
Adriana toca o violão baseando-se nos preceitos da bossa nova --o samba modernizado por João Gilberto-- e, por isso, seu ouvido "entende tudo como samba", ela mesma define.
"Não sou sambista. Sou alguém contaminada por esse micróbio", diz. "Ele estava incubado, implícito e sub-reptício nos outros discos. Mas, mesmo quando eu fazia baladas e tangos, pode saber que o samba estava ali."
Nada em "O Micróbio...", portanto, remete ao que vem sendo reconhecido como o samba dos anos 2000, o "ritmo exportação" da Lapa carioca, o samba reverente e recatado produzido por uma nova geração "estudiosa".
Tampouco as personagens que povoam as letras das 12 canções se prestam a esse papel passivo, comportado.
"O samba proporciona um negócio de você trabalhar por meio de vozes", diz. "Fiz um samba na voz de um homem, e de uma mulher para um homem, e de uma mulher para outra mulher. Esse é o ambiente do samba. E nem preciso ir à Lapa para isso."

Rodrigo Capote/Folhapress
A cantora Adriana Calcanhotto posa para foto na cama de sua suite no Hotel Unique, em São Paulo, durante entrevista sobre novo álbum
A cantora Adriana Calcanhotto posa para foto na cama de hotel em SP, durante entrevista sobre novo álbum
TRANSAMBAS
Todas as canções nasceram em safra recente, iniciada em 2006, a partir de "Vai Saber?" _samba lançado por Marisa Monte em "Universo ao Meu Redor" que agora ganha versão autoral.
Mas aqui, até esse é menos samba. Encontra maior parentesco nas experiências de Caetano Veloso, em que rock é ingrediente fundamental. Os chamados transambas.
(O próprio Caetano diz que vai valorizar seu violão no próximo trabalho. Nisso, Calcanhotto se antecipou a ele.)
"Eu não pensei sobre isso, mas faz sentido", diz. "Cada vez que ouço o disco, ele me remete a algumas coisas. Penso muito em Jards Macalé. Tem o micróbio da bossa e a carga de influência dos meninos. É trans nesse sentido."
Os meninos são, na base de tudo, Domenico (Orquestra Imperial) na bateria e Alberto Continentino no baixo.
Mas também, em uma ou outra faixa, Rodrigo Amarante (Los Hermanos) na guitarra, Davi Moraes no cavaquinho, Moreno Veloso no prato-e-faca e Nando Duarte no violão de sete cordas.
Como Adriana não pode tocar violão por tempo indeterminado, "O Micróbio do Samba" inicia e encerra o ciclo da artista no assunto.
"Vou ter que inventar um novo jeito de fazer as canções", diz. "Estou encarando isso como uma oportunidade de sair da minha zona de conforto, da qual eu nunca sairia por vontade própria."

Um pouco de mim...

Quem é Sandra Senna
   
“Sou uma pessoa tranquila, mística, católica de nascença, e simpatizante kardecista, de muita fé. Além do canto, adoro um bom livro, um bom filme, fazer teatro e amo dançar. Minha vida se resume em amor fraterno e respeito pelas pessoas. Aprendendo e vou evoluindo a cada dia, sempre em busca da perfeição, apesar de saber que ninguém é perfeito, apenas Deus. Procuro crescer com meus erros. Amo as pessoas assim como os mistérios do universo, e acredito que não estamos sós, que há seres inteligentes também fora da Terra. Dou muito valor à família, para mim é a base de tudo, sinto-me muito só por meus familiares - exceto meu filho – morarem todos em Salvador, por essa razão raramente se fazem presentes em minhas apresentações aqui na cidade. As músicas “Nada sei” (Kid Abelha), “Paciência” (Lenine), Sorri (Charles Chaplin) e “Onde Deus possa me ouvir” (Vander Lee) são composições que me faz refletir sobre a vida, sobre a nossa existência, tem tudo a ver comigo de alguma maneira. Apesar de ter uma outra profissão  encaro a música como prioridade em minha vida, portanto não faço um trabalho de brincadeira, faço um trabalho de cunho profissional e seriedade, sempre pensando em passar para o público o melhor de mim, e sentir o contágio do mesmo se assim posso dizer.

Tenho como parâmetro e admiração a composição e música de Marisa Monte “Gentileza” – feita para o paulistano José Datrino em que este era um empresário rico e bem sucedido que após saber da morte de 500 pessoas, na maioria crianças no incêndio num circo em Niterói há muitos anos atrás, passou a ouvir vozes onde mandavam abandonar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual, e assim ele fez, plantou flores e fez hortas sobre as cinzas do circo e lá ele incutiu nas pessoas o real sentido das palavras Agradecido e Gentileza. Foi um consolador voluntário, que confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. Era visto em ruas, praças, entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza a todos que cruzassem seu caminho. Convida a todos a serem gentis e agradecidos na e por essa vida. Passou então a ser conhecido popularmente como “José Agradecido” ou “Profeta Gentileza.”
A gentileza, tomada em seu sentido mais amplo, diz Sandra, significa respeito às pessoas, não só no modo de falar e agir, mas no cuidado com o ambiente. Contagiada pelo exemplo de “José Agradecido”, ela frisa que “hoje ele me fez ser melhor que ontem”, com isso faço uso cotidianamente em minhas apresentações a palavra “agradecida” há algum tempo. Um dos trechos mais lindos da música Gentileza a meu ver é a que diz assim “AMOR palavra que LIBERTA, já dizia o profeta”.
Vou parar por aqui para deixar os leitores curiosos e fazer com que aqueles que gostaram da história do Profeta Gentileza pesquisem sobre sua vida em livros ou na net. (risos)
Mensagem aos fãs...
“Acredite em Deus. Seja perseverante e busque os seus sonhos. Eu sou muito grata pelo carinho de todos aqueles que já me ouviram, os que me ouvem e os que ainda estão por ouvir. Acredito que em cada apresentação há uma troca de energias em que nós (cantores/as) deixamos algo com vocês (público ouvinte), e levamos algo de vocês conosco, e esse ‘algo’ eu resumo só em coisas boas, construtivas. Sem o carinho e o apoio de vocês eu não sou nada”.

                                                    
                                                                                                                

Parabéns a todos os músicos por seu dia!!

“A Música transcende o tempo e o espaço, reporta a lugares...
Aperfeiçoa a cultura das pessoas, tem o poder de transformação e de união.
Acredito que a arte de cantar ainda é o melhor caminho
para o resgate da essência humana...”



 "VALOR DO MÚSICO"

Uma vez um jovem que queria trabalhar chegou numa joalheria e pediu um emprego. O dono da joalheria falou:te dou o emprego,mas antes quero que você me faça algo. Pegue esse anel de ouro e venda para mim por três moedas de prata.
Aquele jovem pegou aquele anel e foi oferecer para as pessoas na rua. Primeiro chegou num ponto de ônibus e ofereceu por três moedas de prata,as pessoas olharam e falaram: "isso aqui é latão,te dou uma moeda de prata” - Não satisfeito, ele foi num bar, as pessoas falaram: "isso de graça está caro”.

Andou a cidade inteira, mas não conseguiu vender pelo preço que queria, pois as pessoas achavam que não valia nada. Voltou frustado para a joalheria,devolveu o anel a seu chefe e falou que não conseguiu vender porque as pessoas achavam que não valia nada. Aquele joalheiro então falou: "vai num ourives que tem na esquina,fala para ele avaliar e oferece para ele".

Na mesma hora aquele jovem foi. O ourives analisando falou: "esse anel vale muito dinheiro!" E o jovem ofereceu: "quanto o senhor paga por ele?"
"Te dou trinta moedas", disse o ourives. Aquele jovem todo assustado após ter vendido aquele anel, se admirou: “As pessoas que ofereci na rua não dava nada por esse anel e esse ourives deu muito mais que esperava”. Todo feliz voltou ao joalheiro e deu sua missão cumprida.

MÚSICO, só dá valor para seu trabalho aquele que sabe diferenciar o ouro do latão.
# Uma homenagem ao músico:
13 de Novembro foi o dia
        Dia mundial da gentileza !
         
          Mas a gentileza deveria estar no cotidiano das pessoas...
Esse dia foi criado no Japão em 1996 , a partir  de constatações científicas
de que a gentileza faz bem também a quem é gentil. as pesquisas demonstraram, por exemplo ,
que essas pessoas são mais saudáveis e longevas, além de terem relacionamentos melhores e 
duradouros. No trabalho são mais produtivas e alcançam melhores cargos em suas funções, 
sucessos e felicidades, consequentemente.
A gentileza é um jeito de ser que demonstra uma genuína  preocupação com o outro.
Gentileza é algo construído....não é algo normal.
As pessoas gentis são as que foram treinadas prá isso. Infelizmente nem todo mundo teve esse treinamento.
Para o especialista a verdadeira gentileza, não é subserviente, não serve ao outro.
É sim uma alegria que temos de reconhecer no outro uma parte de Deus que não há na gente.
Mas é pragmática.
"Ser gentil atrái gentileza".
( Carolina Cotta )
 
Psiquiatra explica que combinação entre as duas memórias adquiridas ao longo da vida
e treinamento pedagógico , podem dotar o ser humano de valores éticos, morais e espirituais.
 
Se é agradável um 'seja bem vindo", o que esperamos ( muitas vezes ) o que o outro faça,
precisamos olhar prá dentro de nós também.
Como faço? Como falo ? Estou atrapalhando alguém ?
Gentileza tem algo da essência , da cultura...e da educação...
As empresas têem a necessidade  de que as pessoas invistam na melhoria das relações.
Trabalhe de dentro para fora investindo em gestos mais sutis.
 
( Monja  Coen ).
Coisa
A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma  utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.
A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.
Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.
Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.
Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro."Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra  ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou.          Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal,"são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer  coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Coisa à  toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.
Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas".
ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA????