O vídeo de hoje: "Coisas que eu sei" adoro essa música e adorei esse dueto de Jorge Vercillo e Dudu Falcão... tudo de bom


Reflexão de hoje: "A sedução e suas consequências espirituais"

Grande número de paixões afetivas no mundo correspondem a autênticas  obsessões ou psicoses,
que só a realidade consegue tratar com êxito". 
André Luiz - Livro: Entre a Terra e o Céu - Cap. 38 - FEB

Cantada e festejada no mundo como arte, olvidando todos os seus perigos, a SEDUÇÃO é tida como atitude virtuosa entre as criaturas, com certeza oriunda do atual pensamento humano na busca infrene dos prazeres transitórios. 
Esquecemos o significado real da palavra sedução, que representa trair, encantar, fascinar, desonrar, desencaminhar...
Quem seduz engana para tirar proveito de alguém e de uma situação... 
Está ela a serviço das paixões humanas, traduzindo o desejo desequilibrado e predominância do instinto sobre o sentimento.
Encontramos nas obras espíritas diversos casos, exemplo real da sedução, constituindo um complicador em nossa caminhada evolutiva.Quando existe verdadeiramente afeição entre duas criaturas os caminhos do sentimento são naturais e espontâneos, não necessitando de artifícios de conquista. Um homem ou uma mulher não são objetos a serem cobiçados, bibelôs a serem adquiridos como algo na prateleira de um supermercado, pulando por cima do mundo íntimo do Ser humano. 
Quantos jovens buscam seduzir para satisfazer seu orgulho de dizer que podem conquistar quem eles quiserem? Quantas relações são artificialmente iniciadas para cumprir uma aposta entre amigos? Brinca-se com o coração de alguém com tamanha despreocupação, que chega a suscitar-nos um temor pelas consequências das leviandades dessas criaturas. 
Todos os recursos que possuímos, com certeza, devem ser colocados à nosso serviço, na busca da felicidade, da paz e da harmonia em nossas vidas.
A beleza física, a simpatia, o charme, todos os atributos que movimentamos no caminho da afetividade são talentos de que dispomos para direcionarmos rumo ao parceiro ou parceira ideal, utilizando-os na manutenção do bom sentimento, construindo um castelo afetivo sólido, onde podemos engrandecer-mos e locupletar-mos num relacionamento a dois que nos traga alegrias e satisfações, pois somos seres destinados a viverem em família, tendo o lar como um recanto sagrado, logicamente havendo exceções para aqueles que hoje, na presente encarnação, assumiram o compromisso de caminhar sós, buscando corrigir abusos do passado ou visando cumprir determinadas missões. 
Logo, quando usamos estes atributos com finalidades mesquinhas, egoístas ou sensuais, estamos desprezando nossa condição de seres humanos em direção ao desenvolvimento intelectual e moral e adotando uma postura irracional e leviana. A verdadeira afeição é construída, não conquistada. Quem brinca com os sentimentos alheios está amealhando profundos problemas de ordem espiritual para o futuro.
André Luiz (1) assevera em tom grave que "a sedução carnal é imenso perigo, não só para aqueles que emitem a sua influenciação, como também para quantos a recebem". 


Construindo a confiança

Em quantas pessoas você realmente confia? A pergunta soa um tanto ingênua, mas nos faz refletir a respeito das nossas relações nos dias atuais.
Conhecemos um maior número de pessoas com as quais convivemos, os relacionamentos se multiplicam, os contatos sociais são facilitados.
Comunicamo-nos mais facilmente, através de e.mails, sites de relacionamento, telefones móveis.
E, paradoxalmente, nos sentimos cada vez mais sozinhos, mais vazios. Cheios de nomes na agenda telefônica, sem que possamos neles confiar, sem que possamos com eles contar, sem que tenhamos com quem dividir angústias, receios, medos e solidão.
Como escreveu o comediante americano George Carlin, construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
E, como consequência, temos muitos conhecidos, mas conhecemos muito pouco as pessoas. Daí, nossa dificuldade em encontrar em quem confiar, com quem dividir os pesos que, muitas vezes, trazemos na alma. E gostaríamos de ter com quem compartilhá-los.
Mas, de onde nasce a confiança? Como se constrói a confiança de uns nos outros?
Se analisarmos que confiar pode ser interpretado também como fiar com, entendemos que a confiança se constrói no exercício contínuo da convivência, do estar junto, do fiar as coisas do dia-a-dia com companheirismo.
Quando nos permitimos a convivência com o próximo, o compartilhar das experiências, o dividir das responsabilidades, que aos poucos irão crescendo, estamos fiando as coisas da vida com os companheiros de jornada.
É natural que a confiança não nasça rápida e indistintamente. É necessário que seja cultivada, que seja vivenciada. Aí está o fiar com alguém.
Aquele que não se permite dividir pequenas tarefas, pequenas responsabilidades com o outro, sempre a desconfiar de alguém, descarta de antemão a possibilidade de construir a confiança mútua.
É verdade que seria insensato confiar sentimentos, informações ou decisões indistintamente, com qualquer pessoa do nosso relacionamento.
Mas o oposto também é um erro.
Sempre haverá aqueles com os quais poderemos começar o exercício da convivência, do compartilhar o pouco, para logo mais a confiança começar a se estabelecer.
Permitamo-nos sair da solidão e do isolamento, mesmo que cercados de uma multidão, para buscar esse ou aquele companheiro, a fim de iniciar o exercício de fiar juntos o sentimento da confiança.
Alguns logo nos mostrarão que não estão dispostos a esse exercício. Outros caminharão apenas um trecho conosco.
Porém, sempre haverá aqueles que aceitarão o convite da construção da amizade e da confiança.
Para chegar até esses, inevitavelmente passaremos por uns e outros. Mas serão sempre o convívio, o conhecimento mútuo e o compartilhar, as ferramentas que melhor nos servirão para a construção da confiança e da amizade.
Pensemos nisso e nos empenhemos nessa elaboração lenta e preciosa da confiança.

Redação do Momento Espírita
.Em 22.10.2010.


O vídeo de hoje: "Skyfall" - Adele. Demais...


Carência e dignidade

 Estamos vivendo uma fase de transição na Terra.
Valores que até ontem regiam a vida em sociedade são colocados em dúvida.
Padrões de comportamento estão em constante alteração.
Em um mundo onde tudo muda demais, atenua-se a fronteira entre o correto e o incorreto.
Os freios morais tornam-se frágeis e nada mais parece chocante.
Nesse contexto, é frequente os homens perderem seus referenciais de valores.
Em consequência, acabam achando que tudo é válido e que o importante é realizarem as mais delirantes fantasias.
Os maiores desatinos são cometidos na seara afetiva, sob a singela justificativa de serem fruto de carência.
A liberdade tende a ser invocada como um valor absoluto, que não experimenta quaisquer limites.
O problema são as consequências desse gênero de comportamento.
Será que a ausência completa de pudor prepara dias de paz para as criaturas?
Experiências sexuais exóticas ou relacionamentos fugazes podem trazer algum sentimento de plenitude para os seus praticantes?
A falta de comedimento no vestir, no comer e no viver colabora para a saúde do corpo e da alma?
Em face da aparente ausência de limites para o comportamento humano, é conveniente recordar a sentença do apóstolo Paulo segundo a qual tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém.
Ante as muitas opções que nos são ofertadas, devemos verificar quais delas nos ajudam a atingir os nossos objetivos.
Se o mundo e seus valores não nos satisfazem e o fruir de estranhos divertimentos nos deixa uma sensação de vazio e insatisfação, eis um sinal a ser considerado.
Provavelmente, isso significa que já sentimos necessidade de plenitude, autoconhecimento, saúde e paz.
Sendo assim, não importa que à nossa volta imperem a libertinagem e a leviandade.
Somos responsáveis apenas por nossas decisões e por gerir nosso próprio processo evolutivo.
Na verdade, o homem moderno é profundamente carente.
Mas o fato de experimentar gozos de efêmera duração não lhe trará felicidade efetiva.
A carência real da Humanidade é de dignidade e de paz.
Ninguém se pacifica e dignifica instigando seus instintos e vivendo suas mais baixas fantasias.
Tal espécie de comportamento apenas estabelece laços com seres ainda desequilibrados.
Não banalizemos nossos carinhos e nem degrademos nossos corpos.
Sejamos criteriosos em nossos relacionamentos, pois as pessoas não são descartáveis.
Experiências fortuitas às vezes suscitam expectativas que talvez não estejamos dispostos a atender.
Mas, uma vez estabelecido o vínculo, este pode se tornar duradouro e pesado.
Afinal, ninguém brinca impunemente com a vida e os sentimentos dos outros.
A paz pressupõe poder observar os próprios atos com satisfação, sem remorso ou vergonha.
A dignidade é uma conquista do ser que domina a si próprio, que desenvolve valores e hábitos nobres.
Não devemos utilizar a solidão como desculpa para manter condutas ou relacionamentos levianos.
Esse sentimento pode ser melhor gerenciado com a prestação de serviços aos semelhantes, a adesão a grupos de estudo, ou de auxílio aos necessitados.
Do mesmo modo, a libido pede esforço educativo, para não se converter em fonte de dores e doenças.
Ao falarmos em carência, reflitamos sobre o que de fato nos falta.
Se nossa carência for de paz, plenitude de sentimentos e bem-estar, agir de modo digno e prudente é o melhor modo de supri-la.
Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita
Em 07.12.2009.


"Tenho medo de perder as pessoas que amo."

Queremos a segurança de que todos sempre estarão ao nosso alcance, que poderemos tocá-los, vê-los, acessá-los quando entendermos, mas isso não é possível, por isso, acredito que a aceitação da morte de quem ama. O medo que os amados morram está ligado ao nosso medo de morrer.
Sempre que algum querido vai embora sentimos que vai um pouco de nós, que a vida fica mais feia, incompleta, mas essa é uma percepção nossa. Começa com a aceitação de quem somos de verdade. Quanto mais conscientes, mais pacificados.

Quem é a consciência por trás do corpo que envelhece? 
Quem dá vida a um esqueleto recheado de órgãos e coberto de carne e pele e, depois de um tempo, quando o que chamamos de vida vai embora, simplesmente apodrece? O que se foi, o que tinha lá?

Quando se enxergar no espelho na próxima vez, olhe em seus olhos e questione-se: quem dá brilho à esses olhos e possibilita que dois globos oculares comuniquem, expressem sentimentos e emoções?

Quem é esse ser que não tem cara, mas ouço como consciência, que habita em mim, me fazendo lembrar que não sou o corpo que morre, mas a consciência que se expande? Como penso essas coisas, como é que me sinto bem além do que esse que enxergo?

Com o tempo aprenderá a reconhecer-se.

Saberá que não é o boneco de carne que aparece no espelho, a pessoa que envelhece e depois morre, porque você pode vencer os impulsos da carne, do corpo, instintos de proteção e sobrevivência e perceber a vida a partir de outra dimensão, não mais a do corpo, mas a do espírito que é você.

É claro que não é de uma hora para outra, estou falando de um processo, uma caminhada que pode durar muito tempo, mas o fato é que a partir do momento em que começa a se perceber para além dos condicionamentos mentais, sua consciência aflora sobre tudo, inclusive sobre quem é você.

Quando isso acontece o medo da morte desaparece e, ainda que você chore a ida dos que ama, ainda que doa, não será empecilho para a paz. Você se entristecerá pela interrupção daquele convívio, mas finalmente entenderá que não há morte. Não é definitivo.

Mudamos nossas formas, alteramos dimensões, mas nada morre, nem as pessoas, nem as relações estabelecidas em amor.

Assim como modificamos nossos corpos e nossos relacionamentos em vida, quando deixamos o corpo experimentaremos outros processos de renovação, mas nada deixa de ser.Por isso a necessidade de viver integralmente em amor. Isso nunca se perde.

Portanto, resolva essa questão ai dentro, perceba-se de fato como ser imortal, desloque seu olhar do corpo, da carne, do sangue, da morte e passe a enxergar a beleza da vida, da renovação, da consciência que é. Você só precisa se enxergar de verdade. Garanto que é um belo de exercício de auto conhecimento, de fé e de pacificação. -

Por:  Flavio Siqueira