O filme mostra a história do que
se mais vê aqui no interior do nordeste, onde vemos crianças que tem sua
infância interrompida muitas vezes para ajudar a família a sobreviver, infância
essa resumida aos poucos recursos e a más condições.
A Maria que aparece no filme
mostra satisfação no que faz, em apenas escrever seu primeiro nome a princípio,
o momento em que sua mãe lhe chama a atenção, é tirada, não só a atenção como
seu futuro de ser uma pessoa diferente que sua mãe, que não tem uma visão do
futuro, querendo dar à filha a mesma criação que teve.
O objetivo do filme é mostrar que essa realidade
existe e que a vivenciamos no dia a dia e que devemos tentar procurar construir
um futuro melhor buscando qualidade de vida e não se acomodar, mais sim
refletir sobre as condições de vida que estamos construindo e que devemos
provocar e forçar uma mudança de atitude denunciando a ausência de
escolarização e as condições precárias de vida de várias gerações nesse nosso
Brasil, principalmente no nordeste.
O filme explora as limitações e a falta de
perspectiva de “Maria José” que é apenas mais uma Maria que deixou de lado os
estudos e se dedicou a casa, ao marido e aos filhos, vivendo em estado de
autoanulação, onde sua vontade e seus sonhos não ultrapassam a cerca da casa
onde vive, é o que essas mulheres enfrentam durante toda a sua vida, se
repetindo por diversas gerações. Mais que isso, “Vida Maria” ultrapassa os
limites do sertão nordestino, aproxima-se também das mulheres pobres urbanas,
que da mesma forma que “Maria José” vivem a mercê do marido, cuidando da casa e
dos filhos.
O objetivo do curta é mostra que
devemos dar sempre mais que tivemos pros demais, para tentar construir um
futuro que não tivemos, e estar sempre a procura do melhor e não se acomodar
naquilo que vivemos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário