Quando li sobre isso
senti como se tivesse me encontrado. Me identifiquei, é como se me apaixonasse
pela alma da pessoa... Portanto venho
compartilhar um pouco do que é um ser “sapiossexual”,
segundo uma graduanda do curso de Ciências Sociais:
“Sim, eu tenho uma tendência
sapiossexual.
Nunca escondi o
quanto gosto de coisas exóticas, que vai contra o comum, o formatado. Algo que
seja diferente, mas que ainda assim não perca o encanto, o brilho, a
intensidade nos atos e a confiança nas ações. E agora, com toda sinceridade
possível, confesso meu segredo. Ex-segredo. O que era meu, agora nosso será.
Como uma linha tênue, uma marca de nascença, tem algo em mim que me descreve e
me persegue. Uns chamam de doença, eu chamo de qualidade, de escolha, de sorte.
Dedo da sorte. O que eu tenho na verdade é algo denominado como
"sapiossexual". E antes especulem, indaguem, eu adianto, “NÃO! Eu não
tenho atrações sexuais por sapos, por mais que brevemente eles virem príncipes.
"
O que eu tenho na
verdade é algo que estava adormecido, mas aos poucos resolveu alastrar-se como
se quisesse me proporcionar os últimos dias de vida, felizes e prazerosos. Aos
poucos eu parei de enxergar com os olhos e comecei a observar com a mente. E
com isso descobri que tenho uma atração louca por inteligência. Não me venha falar
que seu carro é 0, que seu relógio é de ouro e que você trabalha com um
instrumento poderoso. Mas me fale sobre os problemas do mundo, me mostre que
você não é um pseudo-revolucionário, me conte sobre o último livro que leu e
aquele que você está louco pra ler, viaje comigo falando sobre filosofia. Não
precisa filosofar, basta viajar.
O que me encanta na verdade é a inteligência, as várias viagens feitas sem mesmo sair do quarto (com o livro nas mãos), me atrai, me instiga e me convence uma mochila pesada, cheia, com uma bagagem de ouro. Uma bagagem cultural.
O que me encanta na verdade é a inteligência, as várias viagens feitas sem mesmo sair do quarto (com o livro nas mãos), me atrai, me instiga e me convence uma mochila pesada, cheia, com uma bagagem de ouro. Uma bagagem cultural.
Me chama a atenção
chegar, sentar, cruzar as pernas e se deliciar com o livro. Me chama a atenção
o intelecto, a inteligência e a visão de mundo benéfica. Me chama atenção. Me
tira a atenção. Me invade, me anima”.
Por: Ana Terra Araújo - Graduanda do Curso de
Ciencias Sociais da UNEB
É aquela pessoa que
independente do sexo (muitas vezes confundidos com os bi ou panssexuais) sente
atração, (deseja, tem tesão ou mesmo ama – como queira) pela inteligência,
visão de mundo, bagagem de conhecimento ou nível cultural de alguém, sem
preocupar-se com aquilo que carrega entre as pernas, a aparência, o nível
social...enfim são aqueles que têm como fonte de desejo a sapiência.
O termo é um tanto
quanto complexo, e, acho, vai muito além do que a cabeça das pessoas da nossa
sociedade consegue compreender.
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