Grande
número de paixões afetivas no mundo correspondem a autênticas obsessões
ou psicoses,
que
só a realidade consegue tratar com êxito".
André
Luiz - Livro: Entre a Terra e o Céu - Cap. 38 - FEB
Cantada e festejada no mundo como arte, olvidando todos os seus perigos, a SEDUÇÃO é tida como atitude virtuosa entre as criaturas, com certeza oriunda do atual pensamento humano na busca infrene dos prazeres transitórios.
Esquecemos o significado real da palavra sedução, que representa trair,
encantar, fascinar, desonrar, desencaminhar...
Quem seduz engana para tirar proveito de alguém e de uma
situação...
Está ela a serviço das paixões humanas, traduzindo o desejo
desequilibrado e predominância do instinto sobre o sentimento.
Encontramos nas obras espíritas diversos casos, exemplo real da sedução,
constituindo um complicador em nossa caminhada evolutiva.Quando existe
verdadeiramente afeição entre duas criaturas os caminhos do sentimento são
naturais e espontâneos, não necessitando de artifícios de conquista. Um homem
ou uma mulher não são objetos a serem cobiçados, bibelôs a serem adquiridos
como algo na prateleira de um supermercado, pulando por cima do mundo íntimo do
Ser humano.
Quantos jovens buscam seduzir para satisfazer seu orgulho de dizer que
podem conquistar quem eles quiserem? Quantas relações são artificialmente
iniciadas para cumprir uma aposta entre amigos? Brinca-se com o coração de
alguém com tamanha despreocupação, que chega a suscitar-nos um temor pelas
consequências das leviandades dessas criaturas.
Todos os recursos que possuímos, com certeza, devem ser colocados à
nosso serviço, na busca da felicidade, da paz e da harmonia em nossas vidas.
A beleza física, a simpatia, o charme, todos os atributos que
movimentamos no caminho da afetividade são talentos de que dispomos para
direcionarmos rumo ao parceiro ou parceira ideal, utilizando-os na manutenção
do bom sentimento, construindo um castelo afetivo sólido, onde podemos
engrandecer-mos e locupletar-mos num relacionamento a dois que nos traga
alegrias e satisfações, pois somos seres destinados a viverem em família, tendo
o lar como um recanto sagrado, logicamente havendo exceções para aqueles que
hoje, na presente encarnação, assumiram o compromisso de caminhar sós, buscando
corrigir abusos do passado ou visando cumprir determinadas missões.
Logo, quando usamos estes atributos com
finalidades mesquinhas, egoístas ou sensuais, estamos desprezando nossa
condição de seres humanos em direção ao desenvolvimento intelectual e moral e adotando
uma postura irracional e leviana. A verdadeira afeição é construída, não
conquistada. Quem brinca com os sentimentos alheios está amealhando profundos
problemas de ordem espiritual para o futuro.
André Luiz (1) assevera em tom grave
que "a sedução carnal é imenso perigo, não só para aqueles que emitem a
sua influenciação, como também para quantos a recebem".
Nenhum comentário:
Postar um comentário