Uma bela surpresa: um fascinante filme, uma mistura de thriller e
romance, com uma trama perfeita, complexa, intrigante, atualíssima, no meio
dessa trama intrincada, uma belíssima história de amor, um amor impossível...
Um filme com recursos para causar o devido efeito. Como acima de tudo, em cenas
delicadas de amor que oscilam ao sexo realisticamente projetado sem ser
apelativo, espetacular, de pura poesia, romântico, sensível
ao invés de óbvio... Cenas tomadas por uma gama de ângulos perfeitos da câmera
discreta, não há nada sequer que chegue perto dos quase-pornô desse grande
roteirista Joe Eszterhas, quando desfila também com leveza por lindas paisagens
em Bruxelas e Moscou com os cuidados de uma direção de fotografia meticulosa
que faz desse longa um filme bem cuidado e bonito.
Tem o ritmo, o tom, o gosto de espionagem, de guerra fria,
disputas de agências de inteligência de Estados Unidos e Europa versus Rússia –
só que passado nos dias de hoje, e com a ação acontecendo em torno das operações
financeiras do mundo globalizado.
Em minha opinião de fã, é aquele filme artesanalmente perfeito,
todos os quesitos técnicos bem cuidadíssimos. Mas o que mais impressionou de
fato foi a bela trama, um paralelo interessante com política russa dos últimos
anos, funciona como pano de fundo adequado para mostrar um romance carregado de
sensualidade e marcado de contradições, qualidade essa, extinta em produções
que já faz um bom tempo!
Afff... o ator Jean Dunjardin, um “Deus
Grego” da terra! Rsrsrs...que interpretação! Para mim esse cara
não apenas regeu a orquestra com maestria, mas também escreveu toda a
partitura. Cécile de France também lindíssima e soberba, sua também interpretação
simplesmente brilhante!!!
Sandra Senna
Nenhum comentário:
Postar um comentário